Após eliminação do Flamengo para o Racing, Renato Maurício Prado não poupou técnico rubro-negro de críticas
Uma eliminação que não estava nos planos. Tanto nos financeiros, quanto nos esportivos. O atual campeão da América sucumbiu, em casa, para um clube que passava por fase difícil no futebol do seu próprio país. Apesar de conseguir um empate heroico nos últimos minutos, com gol de Willian Arão, o Flamengo foi batido nos pênaltis pelo Racing e está fora da Libertadores. E a crônica esportiva não perdoou Rogério Ceni. Entre eles, o comentarista Renato Maurício Prado.
No programa “Fim de Jogo”, transmitido no canal do YouTube do UOL Esporte, o jornalista, assumidamente rubro-negro, não poupou palavras para criticar o técnico do Mais Querido. Os pontos mais abordados pelo analista foram as substituições feitas por Rogério Ceni, a necessidade de utilizar com mais frequências os jovens da base e a obrigação de conquistar o Campeonato Brasileiro.
Para Renato, Brasileirão se tornou obrigação
No planejamento da diretoria rubro-negra, constava a expectativa de que o clube alcançaria pelo menos as semifinais dos torneios de mata-mata que disputava (Copa do Brasil e Libertadores). No entanto, com a eliminação nas quartas e nas oitavas, respectivamente, o baque nas economias já é garantido. Além disso, a esperança da torcida, que, por conta dos investimentos feitos esse ano, era de título em alguma das duas competições.
Com isso, restou apenas o Campeonato Brasileiro pela frente. E, assim como ressurgiu a faixa “O Brasileirão é obrigação” nas arquibancadas do Maracanã logo após o revés para o São Paulo na Copa do Brasil, nas palavras de Renato Maurício Prado, o octacampeonato é dever do time carioca. “O Rogério, depois dessa eliminação, que se soma a da Copa do Brasil, só tem uma solução: ou ele ganha o Brasileirão, o que não acredito que vá acontecer, ou ele vai ter que procurar emprego”
Erro nas substituições e coro pela garotada
Mas não parou por aí. Renato também foi incisivo nas críticas ao comandante flamenguista quanto as decisões dele para o jogo de ontem. Na sua visão, Rogério já começou errando, ao escalar Gustavo Henrique na zaga. Para ele, alguma das opções vindas da base eram as mais adequadas para iniciar a partida decisiva diante dos argentinos.
“Até quando vão insistir com Gustavo Henrique e Léo Pereira? Tudo bem que não tinha o Natan, expulso na primeira partida. Mas da base, tem dois moleques que poderiam jogar. O Noga e o Otávio. Se o problema era o Noga jogar invertido, que colocasse o Otávio”, indicou. Durante todo o programa, o comentarista insistiu na tese de que o melhor para o momento do Flamengo é apostar nos jovens da base. Em dado momento, também pediu que Ramon recebesse mais oportunidades.
“Utilizar o Renê tendo o Ramon no banco não dá. Já era para o Ramon estar revezando com o Filipe Luís. E digo mais: nem para o Filipe Luís deve dar quando o Ramon começar a jogar”, acrescentou. Ramon, assim como outros jogadores do time de base do Flamengo que brilharam no profissional em 2020, voltaram a trabalhar com a equipe sub-20. O que Renato também disse não achar correto.
“Jogador de base bom, tem que botar para jogar. Por que voltar com eles para o sub-20? Você já viu torcedor comemorar título de sub-15, sub-17 ou sub-20? Time de base serve para revelar talentos. Quantos times do Flamengo já foram campeões da Copinha, e quando os jogadores subiram, ninguém prestou?”, reforçou e indagou. Ainda teve tempo para comparar com a situação de outros clubes no país. “Palmeiras, São Paulo e Grêmio apostaram na garotada e deu certo. Por que o Flamengo não faz o mesmo?”, completou.
Créditos da imagem destacada no post e nas redes sociais: Piscina EFE/Marcelo Endelli
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