MRN Informação | Bruno Guedes – Na noite desta quarta-feira, 19, o River Plate fez história na Copa Libertadores ao vencer o Santa Fé, da Colômbia, por 2 a 1. Desfalcado por conta da Covid-19, o time argentino precisou atuar sem um goleiro de origem. O volante Enzo Pérez, que estava lesionado, foi o responsável por guardar a meta Millionária. Entretanto, o Mundo Rubro Negro relembra jogadores do Flamengo que também foram para o gol.
Ao contrário do River, que precisou relacionar apenas 11 jogadores por causa do coronavírus, o Flamengo não chegou a ter este problema em 2020, durante o surto que atingiu a equipe do então técnico Domenèc Torrent.
Contudo, o Rubro-Negro já precisou recorrer às demais posições para substituir arqueiros expulsos. O caso mais famoso aconteceu em 11 de setembro de 1999. Caio Ribeiro, hoje comentarista da TV Globo, se tornou o primeiro jogador de linha a ter de jogar como goleiro no decorrer de uma partida pelo clube.
Em jogo válido pelo Campeonato Brasileiro, contra o Gama, o então goleiro Clêmer foi expulso por defender uma bola fora da área e impedir um gol. Caio, que havia sido a terceira substituição do Flamengo, foi o escolhido para fazer a nova função.
O jogo terminou empatado em 1 a 1. Mas o “novo goleiro” não foi vazado. Em 2015, ao Corujão do Esporte, da Globo, Caio Ribeiro relembrou:
“Toda véspera de jogo a gente faz aquele dois toques e eu sempre gostava de brincar no gol. Era goleiro titular do rachão. (…) Mas caras falavam: “Caio, é você, vai pro gol” e eu fingia que não ouvia. Aí veio o Romário e ele tinha aquela coisa do ídolo. Quando ele falou que era eu, fui para o gol.”, relembrou em meio às risadas.
Alecgol virou Alec no gol em 2015
Entretanto, parece que atacante no gol é tradição no Flamengo. Pelo Campeonato Carioca de 2015, no também empate por 1 a 1, com o Macaé, o então artilheiro Alecsandro quem virou goleiro rubro-negro. Mas assim como Caio Ribeiro, também não foi vazado.
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Autor do gol rubro-negro no estádio Moacyrzão, Alecgol, seu apelido, precisou assumir a nova função após Paulo Victor se chocar com Aloísio, do Macaé. O goleiro titular sofreu um corte profundo na testa e precisou sair do jogo. Mas como o técnico Vanderlei Luxemburgo já tinha feito as três substituições, o centroavante teve de atuar no gol.
Mesmo com o “novo goleiro”, o Macaé não conseguiu criar chances de ampliar o placar. Mas após o confronto, Alecsandro brincou com a situação:
“Depois de tantos anos de carreira, esta é a primeira vez que isso aconteceu. Mas com a camisa do César e as luvas do Paulo Victor, eu não ia tomar gol nunca. É uma sensação estranha ficar toda hora olhando para o gol. Isso aqui eu deixo para os goleiros. Agora eu sei o que eles passam”, disse à Rádio Globo.
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