Após nova derrota em 2021, a situação de Rogério Ceni no comando do Flamengo está cada vez mais difícil. Com apenas 4 vitórias nos últimos 10 jogos que disputou, sua demissão tem sido cogitada e até pedida pela Nação Rubro-Negra.
Ceni nunca caiu nas graças do torcedor. Em 2020, apesar de pouco tempo de casa, foi eliminado da Copa do Brasil e da Libertadores, mas conseguiu conquistar o Campeonato Brasileiro mesmo sendo derrotado na partida decisiva.
A relação com jogadores também não parece ser das melhores, com diversos episódios escancarando a insatisfação de alguns atletas em relação às opções de Ceni.
Em constantes oportunidades, a diretoria do Flamengo respaldou o trabalho do treinador, mas falas em defesa do seu trabalho estão se tornando mais escassas após apenas 14 pontos conquistados nos últimos 30 em disputa.
São apenas 4 vitórias nos últimos 10 confrontos e, olhando para a história recente do rubro-negro, alguns nomes caíram com números até melhores. O MRN te lembra cinco treinadores demitidos com campanhas semelhantes à de Rogério Ceni.
Domenec Torrent (2020) – o antecessor de Rogério Ceni
Domenec comandava o Flamengo antes de Ceni assumir e foi demitido com campanha melhor que a atual do clube nos últimos 10 jogos. Ao todo foram 6 vitórias, 2 empates e 2 derrotas.
O problema de Domenec, no entanto, foi a falta de padrão de jogo e recorrentes goleadas, como a sua derradeira por 0 a 4, diante do Atlético-MG. Nessas 10 partidas, a equipe sofreu 17 gol.
Abel Braga (2019)
A última passagem de Abel Braga pelo Flamengo já não começou da melhor maneira, com a torcida demonstrando insatisfação pela vexatória derrota diante do Santo André, na Copa do Brasil de 2004 e pela identificação do treinador com o Fluminense.
Abel foi mais um demitido com campanha melhor que a de Ceni. Assim como Domenéc, somou 6 vitórias, 2 empates e 2 derrotas em seus últimos 10 jogos. Contudo, diferentemente do espanhol, sofreu 9 gols neste período.
O que pesou para a demissão de Abel, além da já citada falta de identificação, foram o desempenho aquém do esperado e declarações que diminuíam o Flamengo diante de outros clubes do cenário nacional.
Maurício Barbieri (2018)
Sensação do atual Brasileirão no comando do RB Bragantino, Barbieri chegou a liderar o campeonato de 2018, antes da parada para a Copa do Mundo. Após a competição, viu o desempenho do clube cair vertiginosamente.
Ainda assim, conquistou 15 pontos nos últimos 30 disputados, um pontinho a mais que o mesmo recorte de Ceni, além de 9 gols sofridos.
O que pesou, no entanto, foi a aparente falta de domínio do vestiário, até pela pouca experiência. Barbieri teve sua demissão anunciada após eliminação para o Corinthians na Copa do Brasil daquele ano.
Além disso, 2018 foi ano eleitoral no rubro-negro e a grande possibilidade de derrota de Eduardo Bandeira de Mello elevou os nervos da diretoria.
Zé Ricardo (2017) – o único com pior desempenho que Ceni
Dos nomes da lista, o único com menos pontos que Ceni em seus últimos 10 jogos. Finalizou sua passagem com 3 vitórias, 3 empates e 4 derrotas.
Zé Ricardo começou bem sua passagem no Flamengo, mas nunca pareceu levar o time a dar um passo maior, não conseguindo ir ao encontro do que esperava a diretoria, que começava a aumentar os investimentos no elenco.
Além disso, outro motivo que pesou muito contra o treinador foi a eliminação ainda na primeira fase da Libertadores daquele ano.
Cristóvão Borges (2015)
Em 2015, Cristóvão, mais um dos nomes que não foram bem aceitos pela torcida desde a sua chegada. O treinador chegou sem grandes trabalhos e rapidamente foi fritado do seu posto.
Ainda assim, teve campanha melhor que a de Rogério Ceni, com 5 vitórias, 1 empate e 4 derrotas em seus 10 últimos jogos comandando o rubro-negro.