Atrapalhou o clima de festa com esta vitória foi Abel ratificar a condição de titular do Arão, se dizer perseguido e ameaçar Arrascaeta.
Flavio H. Souza
Em um dia marcado por manifestações no Brasil a respeito do contingenciamento de verbas da educação pública por parte do governo federal, mal comunicada e mal conduzida como de praxe neste governo, o Flamengo foi para São Paulo enfrentar o Corinthians de Carille. Que surpreendeu o Brasil em 2017 no campeonato brasileiro conquistando pontos como rede de arrastão na praia pega seus peixes.
Mas a história agora é outra. Elencos mudam. E no caso do Flamengo, como resultado de anos de reforma estrutural (hoje sendo dilapidada por farta distribuição de cargos entre amigos dos amigos da gestão) e econômica, este ficou bem melhor este ano. Em um elenco estelar que por anos não sonharíamos voltar a ter, hoje o Flamengo entra em campo com Everton Ribeiro, Arrascaeta, Gabigol, Bruno Henrique, Cuellar entre outros. Corinthians a despeito de ter ganho o campeonato paulista, não mostrou nesta partida o time super objetivo e mortífero de 2017.
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Em um primeiro tempo com os dois times alongados, parecendo mimetizar uma partida de botão, a partida teve pouco brilho. Embora uma ou outra jogada do Flamengo tenha chamado a atenção, com o senso de oportunidade de Bruno Henrique. Gabigol apagadíssimo do início ao fim, nada acrescentou. Everton Ribeiro demorou a entrar no jogo, assim como Arrascaeta. Arão flanava em campo e Rodrigo Caio mais Cuéllar faziam mais uma partida digna de seleção.Cortando todos os lances, dando seguimento as jogadas, fazendo transição para o meio, etc.
Os laterais, fracos, continuam sem mostrar qualidade para estarem neste time. O que me pergunto porque não Trauco ao menos? Este tem força ofensiva. Claro que teria que ter mais proteção o que significaria a saída do Arão, o qual Abel não admite.
Enfim, veio o segundo tempo. Começou sonolento de novo. Quanto ao Flamengo de Abel sabemos sempre que empatar fora é lucro para ele. Mas não entendia a postura do Corinthians. Eles também pareciam jogar pelo empate. Então Carille colocou Pedrinho. Deu uma melhorada neles. Enfim, começaram a se movimentar melhor em busca do gol. Abel então, aos 30 minutos ou perto disso, tira Arrascaeta por Diego, sua substituição óbvia. E o Flamengo de fato melhorou. Diego deu mais movimentação no meio de campo. Entrou descansado. Todos melhoraram junto, inclusive Everton Ribeiro. Bruno Henrique então faz uma excelente jogada pela esquerda, e acerta um cruzamento em cheio pro Arão, que entrava de corrida de fora da área e com uma bela cabeçada fez o gol do Flamengo.
Resultado justo pelo volume de jogo e tamanha superioridade técnica do Flamengo infelizmente desvalorizada pela parte tática ínfima. Junior Urso do Corinthians começou a aparecer e o adversário passou a ganhar volume no meio de campo. E mostramos a natural deficiência de não ter segunda linha defensiva, tal a facilidade com que deixamos adversários se aproximar de nossa área. Contamos então com nossos zagueiros e a eficiência de Diego Alves. Tivemos outra oportunidade de gol com Everton Ribeiro dando um passe de cinema, cheio de efeito para Bruno Henrique entrar livre, embora deslocado em relação a linha da bola, tocar a bola pro gol e o bom goleiro Cássio desviar com o pé, impedindo o gol. Seria um gol lindo.
Terminado o jogo Abel ratifica a condição de titular do Arão, diz que é perseguido em relação a isto pela torcida e diz que Diego pede passagem e Arrascaeta pode voltar a ser reserva dele. O que atrapalhou um pouco meu clima de festa e alívio com esta vitória.
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