Representantes de 18 clubes da Série A e 5 clubes da Série B do Campeonato Brasileiro estiveram hoje em um hotel em São Paulo para mais uma reunião sobre a Liga Brasileira de Clubes de Futebol. No evento, Flamengo, Corinthians, São Paulo, Palmeiras, Santos, Red Bull Bragantino e Cruzeiro assinaram a ata de formação da entidade, apelidada de Libra.
A assinatura do acordo com a Kodajas Sports Capital foi celebrada pelos clubes que assinaram o documento. Uma nova reunião foi marcada para o dia 12 de maio, quando é esperado que os demais clubes assinem a criação da Liga.
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Ao Portal GE.Globo, o presidente do Santos disse: “Os 40 clubes são a favor da criação da liga. Agora é só acertar as arestas e dia 12, com certeza, será uma grande festa na CBF”, disse Andrés Rueda.
Grupo dissidente não garante assinatura
Como quase tudo no futebol brasileiro, há divergências. O grupo Futebol Forte, de 14 clubes liderados por Atlético-MG, Athletico-PR e Fortaleza, não compartilham da mesma empolgação sobre a criação da Liga nos termos atuais. O Presidente do Furacão disse ao GE.Globo: “Para os nossos 14 clubes, não consideramos que a liga está criada. Fomos surpreendidos com a pauta de reunião. A intenção seria uma conversa entre os clubes para ajustar. Aí vieram com os estatutos prontos e que os seis assinariam, e quem quisesse assinar também que ficasse à vontade. Eu nem estudei o estatuto.”
Cotas de TV no centro da divergência
A divisão do montante a ser recebido pela comercialização dos direitos de transmissão dos campeonatos está no centro das divergências entre os clubes que vão integrar a Libra. Flamengo e os demais clubes de maior torcida defendem o sistema 40%-30%-30%. Seriam 40% divididos igualmente, 30% divididos por classificação esportiva, 30% divididos por audiência. Os demais clubes defendem o sistema 50%-25%-25%.
Sobre o assunto, Petráglia foi enfático: “O que nós queremos é dividir melhor, mais justo, e não o Flamengo ter 70 vezes o valor do Athletico-PR em pay-per-view. 70 vezes na mesma competição. Que joguem sozinhos. Que jogue Flamengo contra Corinthians, Corinthians contra Flamengo. Agora eles precisam dos outros 18 para fazer um produto que é o Campeonato Brasileiro. E querem ficar, como sempre, com tudo.”
Jornalista afirma que Flamengo cedeu, dirigente nega
Ainda sobre a negociação dos direitos de TV, o colunista do Jornal Extra, afirmou em sua coluna de hoje (03) que o Flamengo foi convencido a ceder parte do que recebia. Segundo Gilmar, foi o advogado Flávio Zveiter, representante da Kodajas Sports Kapital, que conseguiu convencer o presidente do Flamengo Rodolfo Landim sobre o novo sistema.
Ainda segundo Gilmar, a nova divisão determina que a diferença entre quem mais recebe e quem menos recebe seja de três vezes e meia. Isso representaria uma perda considerável em relação ao contrato atual, com a Rede Globo, que termina em 2024.
Por meio das suas redes sociais, o Vice Presidente Geral e Jurídico do Flamengo, Rodrigo Dunshee, negou a informação. Em resposta a uma postagem da notícia trazida por Gilmar, Dunshee postou: “Não é verdade. Óbvio que não.” O dirigente não deu mais detalhes sobre a situação.