Repercutiu entre torcedores do Flamengo, nesta segunda-feira (10), a exigência do técnico Paulo Sousa para que os jogadores almoçassem e jantassem no clube. Entretanto essa prática não é rara no futebol europeu. E ela tem um motivo especial: controle nutricional e recuperação física em meio à maratona de jogos.
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A exemplo do que acontece no Brasil, muitos clubes europeus envolvidos em diversas competições jogam quase a cada 72 horas. Por isso, a parte nutricional faz parte do treinamento. Através de cardápios especiais preparados por nutricionistas, a alimentação adequada acelera a recuperação física.
Assim, nas horas posteriores aos confrontos, mesmo no tempo de repouso ou descanso, o atleta consegue manter a rotina de treino. Evitando, portanto, lesões e aumentando a produtividade e cada um.
É comum na Europa o treinador ter controle total sobre os jogadores. Tanto nas partes práticas e técnicas, mas também físicas e emocionais. Contudo, o Flamengo precisou se readaptar a pedido do treinador. Deste modo, Paulo Sousa determinou um trabalho específico para recuperação física antes e pós jogos através da nutrição.
No entanto, o português chegou ao Brasil sabendo que a maratona de jogos e o calendário apertado, seria seu maior problema além da questão de adaptação. Durante a sua preparação para assumir o Flamengo, o treinador recebeu instruções para ter atenção especial quanto a recuperação dos atletas. E a parte nutricional foi uma das primeiras a sofrer mudanças.
Assim como Paulo Sousa no Flamengo, Guardiola também “acelera” recuperação pelo cardápio
Na série “All or Nothing: Manchester City“, da Amazon Prime, Pep Guardiola explica o porquê de ser adepto desta prática. Através de imagens, o técnico demonstra como faz a recuperação física dos seus atletas no Manchester, após os jogos. Ainda nos estádios, prefere que seus jogadores jantem com suas famílias. Além da parte psicológica, há também uma preocupação de recuperar o jogador para o duelo seguinte.
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No livro “Guardiola Confidencial”, o jornalista Martí Perarnau explica que Guardiola solicitou ao dirigente e ex-jogador Matthias Sammer a contratação de uma nutricionista. Mas o interesse não era apenas cortar a má alimentação dos atletas, e sim melhorar seu desempenho com a sequência de partidas.
Lorenzo Buenaventura, auxiliar de Guardiola, afirmou que o atleta precisa se alimentar de forma certa nas horas subsequentes ao desgaste físico. Caso façam uma alimentação correta, o profissional afirmou que os jogadores recuperam no máximo 80% de seu condicionamento físico. Mas sem um controle nutricional, o risco de lesões pode chegar a 60%, explicou ao autor do livro.
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