Nos últimos anos, o Flamengo mudou de patamar – parafraseando Bruno Henrique – na América do Sul. Empilhando taças, o clube se tornou uma das maiores vitrines mundiais. Antes mesmo da Era Jorge Jesus, diversos jogadores voltaram a jogar bem, passaram a ser convocados ou negociados para grandes clubes europeus por conta disso. Foi com essa “carta na manga” que o Vice-Presidente de Futebol, Marcos Braz, chegou à Europa para negociar.
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De acordo com informações obtidas pelo Mundo Rubro Negro, o Flamengo vem usando do mesmo expediente das últimas janelas: observações e oportunidades. Com a queda de receita por conta da pandemia, as grandes quantias não podem mais ser empenhadas nas contratações, como aconteceram com Arrascaeta, por exemplo.
Entretanto, poucos clubes no Brasil, atualmente, podem usar as suas boas campanhas como armas. E é o que Marcos Braz e Bruno Spindel, Diretor de Futebol, vêm fazendo para convencer agentes dos jogadores e seus atletas. Ao dar possibilidade de se destacarem e até resgatarem seus bons momentos no futebol, os dirigentes conseguiram, até o momento, bom retorno.
Próximo de ser anunciado, Kenedy foi um dos primeiros a serem abordados com essa estratégia. Peregrino do futebol nos últimos anos, o ex-Fluminense não conseguiu se firmar ainda na Europa. Um retorno ao Brasil poderia ser uma virada na carreira. Alguns dos exemplos apresentados foram Gabigol e Pedro. Os jogadores voltaram a atuar bem e à Seleção Brasileira.
Thiago Mendes, que chegou a um acordo com o Flamengo, também gostou desse projeto. Mas o Lyon, que buscava uma compensação financeira, não aceitou. Segundo o MRN apurou, apesar da esposa ter dado as negociações como encerradas, o Rubro-Negro ainda tenta convencer os franceses.
Saúde financeira e credibilidade encorpam as negociações do Flamengo
Contudo, não é apenas a possibilidade de voltar ao bom futebol que entra no “pacote” de negociações. Com a saúde financeira em destaque no Brasil, o Flamengo também se tornou uma certeza de promessas cumpridas. Além dos salários, os próprios negociadores sabem que o Rubro-Negro pode honrar compromissos, como pagamentos de empréstimos.
É o caso de Andreas Pereira. O jogador também teve o projeto apresentado e gostou. Mas precisando convencer o Manchester United, que há anos investe no meia, as vendas rubro-negras recentes se tornaram uma espécie de “garantia” de caixa. Isso porque o Flamengo poderia pagar o valor negociado pelo empréstimo.
Andreas, em especial, chama atenção pela forma como foi feita. Além de possibilitá-lo a mostrar seu futebol em um mercado alternativo, o Brasil, o time inglês consegue ainda dar dupla vitrine ao jogador. Porque o Manchester consegue colocá-lo em um grande clube, ao contrário do que vinha ocorrendo na Europa, e ainda ter um possível retorno no investimento. Seja com o Flamengo, seja com outro interessado.
As negociações seguem até o dia 28 de agosto, quando fecha a janela. Mas não é apenas com dinheiro e conversas que se contrata. Braz e Spindel, já experientes nesse ramo, sabem disso. E se perderam um Coringa na janela de transferência, conseguiram outro no próprio clube: o papa-títulos Flamengo.