Diogo Almeida | Twitter @DidaZico
Em entrevista via hangout, o candidato da Chapa “Vencer, Vencer, Vencer”, Wallim Vasconcellos, ao responder uma pergunta, afirmou que está acontecendo um aparelhamento no clube por parte dos sócios que compõem a base política do atual presidente do Mais Querido. A entrevista foi concedida ao blogueiro Tulio Rodrigues, do Blog Ser Flamengo.
“O grupo político que é a base para a candidatura de Bandeira de Mello criticava o que eles até hoje chamam de “Corja” nos camarotes do Engenhão, na gestão Patrícia Amorim. Entretanto, membros desses grupos políticos são conhecidos por transitarem nas dependências do Maracanã com credenciais e assistirem os jogos de camarote, tal qual a tal Corja (…). Dado esse comportamento, você classificaria que o Bandeira tem um projeto de governo ou um projeto de poder?” acusou – e perguntou ao mesmo tempo – um espectador, que assinou apenas como Edu.
“Depende muito. O que nosso grupo tem visto é que a coisa tá caminhando para um aparelhamento do clube. Pessoas de grupos políticos começando a trabalhar no clube. Pessoas de grupos políticos… Enfim… Distribuição de credenciais. Parece que a gente tem 75 credenciais para camarotes e a gente tem visto que uma distribuição para as pessoas do grupo… Essa é que eu tenho informação, não tenho como comprovar mas é o que eu tenho escutado. Enfim… Algumas práticas que as pessoas deploravam em outras administrações começam a ser praticadas. Talvez, uma questão de reeleição, ou por outro lado, uma alternância de poder, sempre ajuda a gente a poder manter as práticas que a gente entende como corretas. Minha preocupação é como o Flamengo fica daqui a três anos” respondeu o candidato.
Wallim também foi duro ao se defender de críticas feitas nas redes sociais por associados do maior grupo apoiador de Bandeira: “Eu sou do SóFLA também, mas parece que não recebo nem mais e-mail. Acho que são bons garotos, precisam de mais experiência em suas carreiras profissionais e dentro do clube, e estão agindo com muita imaturidade nessa campanha” disse Vasconcellos.
Entramos em contato com a assessoria do SóFLA, que nos respondeu em comunicado oficial:
O Flamengo conta com 700 funcionários. Apenas 6 são membros do SóFLA – e contratados por causa de seus currículos profissionais. Não houve indicação – muito menos, de cunho político, como se quer insinuar. Isso se aplica, por exemplo, ao caso de Wallim Vasconcellos, quando foi conduzido à Vice-Presidência de Futebol e, a seguir, para a de Patrimônio. O mesmo se aplica a Augusto Frederico Mourão – que, atualmente, é seu coordenador de campanha.
Sobre o apoio a Eduardo Bandeira de Mello em sua candidatura a reeleição, seguimos nossos regulamentos internos. A escolha foi conduzida de maneira idêntica à de Wallim, em 2012. Não há, contudo, registro de reclamação dele sobre esse posicionamento à época.
Causam estranheza as críticas ao grupo, ora apresentadas, uma vez que, desde o início de 2013, o candidato de oposição não compareceu a nenhuma reunião mensal organizada e comunicada a todo grupo. Seria o fórum apropriado para apresentar queixas ou sugestões. O mesmo aconteceu na reunião em que o nome de Eduardo Bandeira de Mello foi aprovado por unanimidade.
Agradecimentos ao Tulio Rodrigues e à sua Equipe do Blog Ser Flamengo
Veja a entrevista completa no Blog Ser Flamengo: http://blogserflamengo.com/2015/08/17/eleicao-do-flamengo-2015-entrevista-com-o-candidato-wallim-vasconcellos/