A perda do título carioca para o Fluminense foi no sábado, mas ainda está dando o que falar nos corredores da Gávea. No último domingo, um grupo de conselheiros divulgou uma carta o presidente Rodolfo Landim.
O documento cita a receita bruta recorde do clube de 1 bilhão de reais e o superavit de R$ 177,6 milhões. Contudo, texto faz críticas ao futebol do Flamengo na era Rodolfo Landim e exige a profissionalização do departamento rubro-negro, tal como é feito nas finanças.
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Os conselheiros dizem que futebol é “imprevisível”, mas falam em resultados em campo “muito aquém da maior folha salarial da América Latina e de um CT excepcional”. Além disso, a carta também lamentou a perda do título do Carioca para o Fluminense, um time com “com gravíssimos problemas financeiros e uma estrutura muito inferior”.
A carta também lembra a contratação de um psicólogo. Diferentemente do que diz Marcos Braz em coletivas, os conselheiros pedem esse profissional “não somente como suporte para os atletas, mas como parte motivacional, importante trabalho mais do que comprovado em inúmeros clubes europeus”.
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Por fim, os conselheiros pedem também a saída de alguns jogadores do Rubro-Negro devido às desavenças no elenco. Além disso, a carta pede que o vice-campeonato seja uma wake up call (uma chamada de despertar, em português) para uma “nova era no futebol do Flamengo, permeado por profissionalismo, compromisso e excelência”.
Leia a carta dos conselheiros a Rodolfo Landim na íntegra
“No dia 31 de março, o Flamengo publicou o balanço referente ao ano de 2021: uma receita bruta superior a R$ 1 bilhão, e um recorde para o futebol brasileiro, com um superávit de R$ 177,6 milhões, o maior superavit contábil da história do Clube.
Porém, os resultados em campo estão muito aquém da maior folha salarial da América Latina e de um CT excepcional. E por mais que o futebol seja imprevisível, depois da perda do título de ontem, contra um time lidando com gravíssimos problemas financeiros e uma estrutura muito inferior a nossa, evidenciam a necessidade de uma ampla reestruturação no departamento de futebol.
Essa necessidade já se esboçava em 2020, e foi infelizmente protelada. Mas, depois da derrota de ontem, não podemos mais perder um dia sequer; precisamos reorganizar, reformular, o futebol do Flamengo. Portanto, pedimos uma reunião para ficarmos a par do que será feito de agora em diante. Precisamos que a gestão profissional das finanças seja também adotada no futebol.
Precisamos das pessoas mais qualificadas e experientes do mercado para trabalhar no Clube. Precisamos de um acompanhamento psicológico permanente, não somente como suporte para os atletas, mas como parte motivacional, importante trabalho mais do que comprovado em inúmeros clubes europeus.
Precisamos analisar se existem desavenças no vestiário e, se necessário, reavaliar os contratos de alguns jogadores. Senhores, que a derrota de ontem seja um wake up call. Que a derrota de ontem seja, não o triste fim de um melancólico campeonato, mas o início de uma nova era no Futebol do Clube de Regatas do Flamengo, permeado por profissionalismo, compromisso e excelência.”