Quando Diego entregou o troféu da Taça Guanabara para o massagista Denir erguê-la, não foi apenas uma homenagem. Foi uma retribuição a quem dedicou 40 anos dos seus 72 de vida ao Flamengo. Lendária figura do futebol carioca, o carismático profissional que atua nos bastidores é sempre lembrado por jogadores e comissões técnicas como uma das peças mais simbólicas do clube.
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Funcionário mais antigo do Flamengo, Adenir Silva, o Denir, nasceu no dia 20 de setembro de 1948 em Nova Iguaçu. É um dos muitos nomes que trabalham nos bastidores para que apareça o sucesso dentro de campo. Mas além de massagista do Rubro-Negro, também já trabalhou em quatro Copas do Mundo, sendo três delas pela Seleção Brasileira.
Dos 57 títulos da história do clube, esteve presente em 36 deles. Incluindo os mais importantes, como o Mundial de 1981, as duas Libertadores e todos os oito campeonatos brasileiros. Mas sempre respeitado e querido por todos.
Entretanto, foi ao longo do tempo que virou uma dos personagens mais queridos do clube. Desde a geração de Zico é acolhido pelos jogadores. Numa época onde a ciência esportiva ainda engatinhava, era ele o gigante que com as mãos mágicas fazia milagres nas pernas que levaram alegrias aos milhões nessas quatro décadas.
Tratado como “paizão”, Gabigol foi quem mostrou um pouco dessa reverência. Na histórica campanha de 2019, o camisa 9, antes de entrar no vestiário, beijava a mão de Denir e pedia sua “benção”. Até mesmo o técnico Jorge Jesus se rendeu aos abraços calorosos do massagista. Em diversas ocasiões era possível ver o português cumprimentando e aos risos com ele.
Homenagem a Denir após o título da Taça Guanabara
Na noite deste sábado, 24, o Flamengo superou o Volta Redonda por 2 a 1 e conquistou a Taça Guanabara. Mas foi o que aconteceu logo após o apito final que chamou a atenção de todos. O meia Diego Ribas passou o troféu ao Denir e o próprio massagista levantou.
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Ovacionado por todos, o profissional estava visivelmente emocionado. Contudo, o meia conversou com a imprensa e explicou o motivo dos capitães terem escolhido o massagista como o homenageado:
“O Denir vem representar todos os funcionários desse clube que se dedicam tanto para que tudo aconteça de forma positiva. Assim, é muito bom poder homenagear durante a carreira, não depois. Todos somos fãs dele como pessoa. Um orgulho poder dividir esses momentos com ele”, afirmou Diego Ribas.
Apesar das risadas atuais, ao fim de 2020 chegou a se afastar do convívio do clube por conta da covid-19. Portanto, po pertencer ao grupo de risco, poderia ser alvo fácil da doença, como aconteceu com Jorginho, outro lendário massagista, que morreu em maio do ano passado. Mas Denir retornou após as medidas sanitárias adotadas pelo Flamengo, em 2021.