A ordem interna do Flamengo é caçar o fantasma de Jorge Jesus no Ninho do Urubu. Com a chegada de Paulo Sousa, mesmo com a possibilidade de espera pelo Mister, o recado estava claro. A diretoria tenta acabar com a viuvez com o técnico mais vitorioso da última década do Flamengo. No entanto, esse processo não está sendo fácil.
Domènec Torrent, Rogério Ceni, Renato Gaúcho e, agora, Paulo Sousa. Todos sofreram comparações com Jorge Jesus e têm seus trabalhos minados por conta disso. Para dar um basta nisso, o diretor de futebol, Bruno Spindel, chegou a se reunir com funcionários no começo do ano e ordenou que todos parassem de manter contato com membros da comissão do Mister, a fim da pauta Jesus não ressuscitar diariamente no Ninho.
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No entanto, o próprio dirigente descumpriu à ordem. O preparador físico Mário Monteiro era da comissão de Jorge Jesus no Flamengo e era um dos 61.335 torcedores na goleada do Flamengo por 6 a 0 sobre o Bangu. Após a partida, aconteceu o famigerado jantar rubro-negro, promovido por Paulo Sousa. Contudo, Bruno Spindel adicionou um tempero a mais na refeição: convidou Mario Monteiro para o evento.
Contrariado, o profissional recusou o convite, até em respeito ao compatriota Paulo Sousa. No entanto, depois da insistência de jogadores e do diretor, Mario Monteiro aceitou o convite. Isso tudo de acordo com o ge. A reportagem ainda apurou que a cena foi educada, mas, ao mesmo tempo, constrangedora.
Relação da comissão e diretoria do Flamengo não é das melhores
Apesar do episódio, a relação da comissão técnica e dos dirigentes já não é das melhores há algum tempo, conforme informou o ge. Isso porque ambos concordam no objetivo, mas discordam o meio para alcançá-lo. Quando chegou ao Flamengo, Paulo Sousa recebeu a difícil missão de reformular a segunda geração mais vitoriosa do clube.
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Desde então, o técnico vem fazendo a reformulação a passos curtos. Por exemplo, Renê e os Diegos Ribas e Alves perderam espaço no elenco e estão no final da fila. Já, Éverton Ribeiro e Willian Arão perderam o posto de titular absoluto, mas ainda entram nas partidas. Enquanto isso, a diretoria entende que o processo deve acontecer “no tempo do clube”, de acordo com o Uol.
Fato é que tanto diretoria quanto comissão entendem que a reformulação é necessária. Contudo, técnico vem fazendo isso de maneira mais abruta. Já dirigentes prezam pela paciência nesse processo, ou melhor, ‘gelo sangue’. Divergem nos meios, mas convergem no objetivo: vencer e exorcizar o “fantasma Jorge Jesus”.