No último domingo (06), o Flamengo de Paulo Sousa venceu o Vasco pela 10ª rodada da Taça Guanabara. A equipe marcou seu segundo gol em uma cobrança de escanteio e o lance contou com uma pitada de sorte de Arão.
Contudo, foi possível identificar que alguns padrões foram fundamentais para a conclusão em gol. Vamos analisar a forma na qual o Flamengo vem buscando atacar seus adversários em cobranças de escanteio.
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Flamengo têm preferência em bolas no primeiro pau nos escanteios ofensivos
Analisando todas as cobranças de escanteio do Flamengo nos nove jogos em que foi comandado por Paulo Sousa, alguns padrões podem ser observados. Conforme dados da plataforma Instat, a equipe cobra os escanteios com altíssimo frequência em direção a baliza mais próxima do cobrança.
Por exemplo, nos escanteios com curva côncava dos dois lados do campo, praticamente todas as cobranças tiveram como destino o primeiro pau.
Analogamente, nas cobranças com curva convexa a preferência é um pouco menor pelas bolas no primeiro pau. Os números ilustram que a equipe realiza cobranças mais abertos, buscando com mais frequência outras regiões dentro da área.
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Paulo Sousa têm em Gabi e Arão suas referências nos escanteios ofensivos
Assim como no direcionamento das cobranças, também já é possível identificar a organização dos jogadores do Flamengo nas cobranças de escanteio.
Arão e Gabi são os jogadores designados para se posicionar respectivamente no primeiro e segundo pau. Enquanto o volante busca realizar o primeiro toque na bola dentro da área, por outro lado o centroavante cobre o lado oposto da cobrança seja para se antecipar dentro da área ou pegar o rebote.
Na ausência de Arão, o treinador português vem utilizando Filipe Luís e Isla para atuarem mais próximos ao primeiro pau. Já na ausência de Gabi, Vitinho normalmente é o homem que se posiciona mais próximo ao segundo pau.
Além disso, Paulo Sousa opta por utilizar mais três ou quatro jogadores no centro da grande área. Os escolhidos são normalmente o atacante de referência da equipe e o trio de zaga. Os defensores normalmente ficam mais próximos formando um bloco, já o atacante tem maior liberdade tanto para se posicionar mais ao centro, como também auxiliar Arão na primeira trave.
Eventualmente Filipe Luís pode ficar mais próximo de Arão para que o volante tenha mais liberdade para cabecear nesta região.
Paulo Sousa utiliza um ou dois jogadores na entrada da área para serem responsáveis por um eventual rebote, mas principalmente para realizarem o balanço defensivo da equipe caso ocorra um contra-ataque adversário. Normalmente esses jogadores são Andreas Pereira e Everton Ribeiro.
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Como Paulo Sousa busca atacar seus adversários em cobranças de escanteio
Da mesma forma como já é possível identificar padrões do destino da bola e o posicionamento dos atletas nas cobranças de escanteio, também podemos interpretar algumas dinâmicas recorrentes para finalização.
Três principais padrões podem ser destacados:
1 – Bola no primeiro pau buscando a finalização direta para o gol:
2 – Bola no primeiro pau buscando desvio para dentro da área. Seja para Gabi ou para os jogadores localizados no centro da área:
3 – Bola no centro da área, buscando o cabeceio dos jogadores localizados no setor:
O gol marcado por Filipe Luís contra o Vasco poderia ser identificado como o padrão número um. Já o outro gol, de Gabriel contra o Boavista, foi não entra em nenhum padrão, pois a jogada se iniciou em uma cobrança curta, que vem sendo pouquíssimo utilizada pelo técnico.
Conclusões
Através desta análise foi possível constatar alguns padrões bem claros na forma como Paulo Sousa organiza o Flamengo nos escanteios ofensivos. Apesar dos mecanismos já estabelecidos, a equipe tem menor eficiência que alguns de seus adversários no Estadual.
De acordo com a plataforma Instat, dentre todas as 12 equipes que participam do Campeonato Carioca, o Flamengo possui somente o quarto melhor aproveitamento em finalizações com origem em cobranças de escanteio, atrás de Fluminense, Botafogo a Portuguesa.
Enquanto o Mengão possuí 31% de aproveitamento, seus adversários chegam a valores próximos a 36%. Apesar da comparação relativa aos seus oponentes locais, a porcentagem de eficiência é relativamente próxima, dado que a média deste fundamento na competição é de 29%.
Confira alguns lances que ilustram os padrões apresentados no texto:
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